Destaques #setembro2020

 3. Nomeação de Trump para o Prémio Nobel da Paz 2021

Na sequência do Acordo entre Israel e os Emirados Árabes Unidos (EAU), mediado pela administração Trump, o deputado norueguês Christian Tybring-Gjedde nomeou o atual Presidente norte-americano para o Prémio Nobel da Paz 2021. É um destaque que merece o terceiro lugar do pódio em setembro de 2020, uma vez que vem na continuidade do primeiro lugar atribuído no artigo do passado mês de agosto.

Em entrevista à “Fox News”, o deputado afirmou que o 45º Presidente dos EUA “Pelo seu mérito, (…) fez mais por tentar criar paz entre as nações do que muitos dos outros nomeados para o Nobel da Paz”, sendo que "Isto é pela contribuição dele para a paz entre Israel e os Emirados Árabes Unidos. É um acordo único".

Christian Tybring-Gjedde, responsável pelas duas nomeações de Donald Trump para o Prémio Nobel da Paz. Fonte da Imagem: Ole Berg-Rusten / NTB scanpix

É de recordar que, em 2018, no seguimento da Cimeira de Singapura com Kim Jong-un, Donald Trump tinha já sido proposto pelo mesmo membro do parlamento norueguês para o Nobel da Paz. Assim, não é a primeira vez que o Presidente norte-americano está indicado para o grande galardão.

Por fim, saliente-se que, até à data, quatro Presidentes norte-americanos foram laureados com o Prémio Nobel da Paz, sendo: Woodrow Wilson (1920), Jimmy Carter (2002), Al Gore (2007) e Barack Obama (2009).

Fontes: Eco Sapo, RTP Notícias, Rádio Renascença e Diário de Notícias.


2. Ursula Von der Leyen e o Discurso do Estado da União

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, apresentou este mês o seu primeiro discurso do Estado da União. Dada a sua importância, o segundo lugar neste Top 3 é mais que merecido! Ao longo de cerca de hora e meia, várias foram as áreas tocadas por Ursula Von der Leyen.

Em primeiro lugar, a alemã propôs a existência de um salário mínimo em todos os países da UE (existem seis membros sem salário mínimo). Para além disso, mostrou-se defensora de uma menor divergência nos valores dos salários mínimos entre os estados-membros que compõem a União Europeia.

Ursula Von der Leyen no seu primeiro discurso do Estado da União. Fonte da Imagem: © UE

 No que respeita a saúde, e dado o contexto pandémico, Ursula Von der Leyen quer mais competências para Bruxelas, uma vez que este é ainda um assunto muito dependente dos Estados-membros. Referiu, também, que pretende “criar uma União Europeia da Saúde mais forte”, aumentando o financiamento para o programa “EU Health”. Por último, acrescentou que se deve “reforçar e dar mais poder à Agência Europeia do Medicamento e ao Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças.”.

Em matéria de política externa, a Presidente da Comissão Europeia defendeu o reforço das relações com o Reino Unido e, o consequente, cumprimento do Acordo do Brexit. Acrescentou ainda que, em relação aos últimos acontecimentos na Bielorrússia, a UE se distancia de Lukashenko, apoiando, desse modo, o povo bielorrusso. Relativamente à Rússia de Putin, Von der Leyen pretende cortar as relações com o país. Já no que concerne aos EUA, a alemã deseja um aprofundamento das relações transatlânticas e considera que, independentemente da vitória de Trump ou de Biden nas próximas eleições presidenciais, “estamos prontos para construir uma nova agenda transatlântica”. Quanto à China, Ursula von der Leyen vê a sua relação com a UE como relevante e desafiadora, a nível estratégico.

Por fim, na área do clima, Ursula referiu que tem como objetivos para 2030 a redução das emissões da UE em 55%.

 Fontes: RTP Notícias, Observador, TSF Rádio Notícias.


1. 75ª Assembleia-Geral da ONU

O primeiro lugar pertence à Assembleia-Geral das Nações Unidas, realizada durante este mês de setembro. É, sem dúvida, um destaque merecedor do primeiro lugar, não só pelo peso que tem internacionalmente, mas também dada a situação atual. Devido à pandemia Covid-19, este ano e pela primeira vez na história da ONU, a Assembleia não se pôde realizar presencialmente como é habitual. Por essa razão, adotou-se o formato de videoconferências, em que quase todos os discursos dos chefes de Estado ou de Governo dos membros desta organização internacional foram pré-gravados à distância.

"O Futuro que queremos, as Nações Unidas que precisamos: Reafirmar o nosso compromisso coletivo com o multilateralismo -- enfrentar a covid-19 através de uma ação multilateral eficaz" foi o tema escolhido para a 75ª Assembleia-Geral da ONU. Sucedendo ao nigeriano Tijjani Muhammad-Bande, o Presidente eleito para a 75ª sessão foi o turco Volkan Bozkir, pelo que é a primeira vez que a Turquia ocupa este cargo.

75ª Assembleia-Geral das Nações Unidas. Fonte da Imagem: ESKINDER DEBEBE / UN PHOTO / HANDOUT

O Debate Geral deste ano ficou marcado por vários apelos à cooperação internacional e ao multilateralismo. A propósito disto, o primeiro-ministro português António Costa defendeu o multilateralismo e o fortalecimento do papel das organizações internacionais na sua mensagem. Dada a situação extraordinária que estamos a viver, Costa afirmou que é ainda mais relevante a cooperação internacional.

Fontes: Euronews, Observador, Notícias ao Minuto.


O autor do blog,

Diogo Santos

 

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Já leste o novo artigo da rubrica “Crónicas do Presente”, sobre o incêndio no Campo de Refugiados de Moria, escrito pela colaboradora Joana Gomes? O link encontra-se aqui: https://passaportedatualidade.blogspot.com/2020/09/campo-de-refugiados-de-moria-uma-crise_29.html

 







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