Destaques #agosto2020

 3. Explosão em Beirute, Líbano

     Com toda a certeza, o destaque internacional que marcou o início deste mês de agosto, nos meios de comunicação social, foi a explosão de Beirute, no Líbano. Uma vez que não se falou de outra coisa, merece, por isso, o terceiro lugar deste Top de agosto de 2020. Rapidamente, as redes sociais inundaram-se de vídeos que captaram o momento do desastre, ocorrido a 4 de agosto de 2020. A catástrofe deveu-se à explosão de várias toneladas de nitrato de amónio armazenadas no porto de Beirute, há já alguns anos.

Imagens de Satélite do Antes (em cima) e Depois (em baixo) da explosão no porto de Beirute, Líbano. Fonte da Imagem: Russian State Space Corporation, conhecida como Roscosmos.

     Entre os estragos materiais mais comuns contam-se a destruição do porto de Beirute, de escolas, de hospitais e centros de saúde, o que não só complica o salvamento das vítimas da explosão, bem como a gestão da atual pandemia Covid-19. No que respeita a vidas humanas, de acordo com os dados mais recentes, registou-se um total de mais de seis mil feridos, mais de uma centena de mortos e cerca de 300 pessoas desaparecidas. No entanto, é necessário ter em conta que estes dados podem estar sujeitos a atualizações, pelo que os aqui apresentados podem não ser os mais corretos no momento que o leitor está a ler este artigo.

     Em consequência do sucedido, a reação da comunidade internacional à explosão passou por mensagens de solidariedade, ajuda humanitária e monetária, após o apelo de ajuda do primeiro-ministro libanês Hassan Diab.

 Fontes: Público, SIC Notícias, Revista Visão, TVI24, Hoje Macau.


2. Rússia e a vacina contra a Covid-19

     Dadas as circunstâncias atuais com que nos deparamos, este destaque alcança o segundo lugar deste Top. Desde há vários meses que o mundo deseja ouvir a tão esperada notícia “Habemus Vacina”. Pois bem, aqui a temos…

     Este mês, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que a Rússia registou a primeira vacina contra a Covid-19 no mundo. Admitiu ainda que uma das suas filhas a tomou, encontrando-se de boa saúde. “Sputnik V” é o nome dado à vacina, aludindo ao satélite artificial soviético, o primeiro a ser colocado em órbitra do planeta Terra.

Vladimir Putin, atual Presidente da Rússia. Fonte da Imagem: Reuters.

     Segundo as autoridades russas, a vacina começará a ser fabricada a partir de setembro e existem cerca de vinte países nela interessados. 1 de janeiro de 2021 é a data de início da sua distribuição.

     Todavia, apesar deste anúncio, a vacina tem sido alvo de chacota por parte da comunidade científica russa e, também, estrangeira. Muitos foram os que criticaram a decisão de Putin em registar a vacina antes de se completarem os testes, a conhecida fase 3. A fase 3 é fulcral, uma vez que garante que a vacina seja experimentada em milhares de pessoas, de modo a que se consiga provar como eficaz ao vírus. É de acrescentar que, até ao momento a Organização Mundial de Saúde não tem os dados científicos da vacina russa, apesar de já solicitados.

 Fontes: SIC Notícias, Observador, The New York Times.


1. Acordo entre Israel e os EAU (Emirados Árabes Unidos)

     E o primeiro lugar deste mês vai para… o acordo entre Israel e os EAU! É um novo contorno de um dos conflitos mais acesos existentes no nosso mundo, destacando-se, por essa razão, no primeiro lugar do pódio este mês. No dia 13 de agosto de 2020, Israel e os Emirados Árabes Unidos estabeleceram um acordo que permite a normalização das suas relações diplomáticas bilaterais. Desse modo, depois do Egito e da Jordânia, os EAU tornaram-se o terceiro país árabe a estabelecer relações com Israel e o primeiro do Golfo Árabe.

     O acordo, mediado pelos EUA, tem também em vista a suspensão dos planos de anexação de novos territórios palestinianos, por parte de Israel. “An agreement was reached to stop further Israeli annexation of Palestinian territories.”, assim escreveu o príncipe Mohammed bin Zayed na rede social Twitter.

Donald Trump, atual Presidente dos EUA. O país foi o mediador no Acordo entre Israel e os EAU. Fonte da Imagem: Kevin Lamarque/Reuters.

     Contudo, apesar do aprovado, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu afirmou que Israel apenas concordou em adiar os planos de anexação e que não existe uma alteração dos mesmos.

     Por último, as reações ao acordo foram bastante distintas. Se, por um lado, líderes ocidentais como Donald Trump e Boris Johnson celebraram o feito, por outro lado, a reação dos palestinianos foi de rejeição e repugnância. O Hamas, movimento que governa a Faixa de Gaza, considerou o acordo assinado pelos EAU como uma traição aos palestinianos, acrescentando ainda que “não serve à causa palestiniana de forma alguma”

 Fontes: RTP Notícias, SIC Notícias.


O autor do blog,

Diogo Santos

 

O que achaste dos destaques selecionados para o artigo deste mês? Deixa o teu comentário.

Já leste o novo artigo da rubrica “Crónicas do Presente”, sobre a Bielorrússia, escrito pela colaboradora Margarita Churaeva? O link encontra-se aqui: https://passaportedatualidade.blogspot.com/2020/08/a-crise-na-bielorrussia.html 


Comentários

Mensagens populares